Há no quarto um garoto abandonado,
Do lado de fora o ladrão pula no quintal
Para roubar as flores que estão no canteiro do jardim.
No entanto, não há quarto algum,
Nem garoto e tão pouco abandonado
E não há ladrão pulando no quintal
Porque não há jardim, nem canteiro,
E muito menos flores.
Contudo, hoje sei que sempre existiu
o quarto
o garoto abandonado
o ladrão no quintal
o jardim
o canteiro
as flores...
Tudo, enfim
Nas minhas alucinações
Tudo o que poderia ser, é, não é e talvez seja... Ambiguidade e realidade. Duas imagens do presente.
ResponderExcluirÉ por aí...
ResponderExcluirÉ aquilo que comentamos uma vez, lembra?
A poesia livre, na minha opinião, é "fácil" de construir, mas, quase impossível de interpretar... Ela é o particular do particular!