sexta-feira, 22 de abril de 2011

Alucinações


Há no quarto um garoto abandonado,
Do lado de fora o ladrão pula no quintal
Para roubar as flores que estão no canteiro do jardim.

No entanto, não há quarto algum,
Nem garoto e tão pouco abandonado
E não há ladrão pulando no quintal
Porque não há jardim, nem canteiro,
E muito menos flores.

Contudo, hoje sei que sempre existiu
                           o quarto
                                              o garoto abandonado
           o ladrão no quintal
                                                   o jardim
                 o canteiro
                                         as flores...
Tudo, enfim
Nas minhas alucinações

2 comentários:

  1. Tudo o que poderia ser, é, não é e talvez seja... Ambiguidade e realidade. Duas imagens do presente.

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  2. É por aí...

    É aquilo que comentamos uma vez, lembra?

    A poesia livre, na minha opinião, é "fácil" de construir, mas, quase impossível de interpretar... Ela é o particular do particular!

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