quinta-feira, 30 de janeiro de 2014



Cabe em mim
um copo de noite
uma lua cheia
meio dia escuro
outro meio, claro

Cabe em mim
as putas
os bêbados
os viciados
das ruas de são miguel

Cabe em mim
o teu orgasmo
de uma oitava acima
Cabe em mim
um acorde sonolento
do teu compasso nu

Cabe em mim
um passaredo livre
entre pétalas ao vento
Cabe em mim

Cabe em mim
o universo  sob meus pés
e o chão de estrelas
Cabe em mim

Cabe em mim
Tudo que há fora

Tudo que há em mim
Não cabe em lugar algum

[...]

Um comentário:

  1. O tudo de todos e o nada da gente: deslocados somos nós que teimamos em fazer parte deste mundo cada vez mais fragmentado...

    Bom te ler aqui, xará! Voltou a publicar, hein! Muito bem!! Pois continue.

    Abraço!!

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