Tantas são as vezes que não me lembro quem sou.
Sempre, ou quase sempre, quero ser o outro.
Deixo o ser e apenas quero.
Quero o querer arrematador.
Tomo posse do outro, e o outro do outro, e o outro do outro e assim por diante.
Quando o Sol acorda o quintal, eu abro os olhos.
Quando o galo acorda o sol, meu pai prepara o café.
E quando o sol acorda, todos dormem, eternamente, um sono profundo.
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